terça-feira, 6 de setembro de 2016

Escrevo...

Escrevo. Escrevo e pronto, ninguém tem nada  com isso.
Escrevo porque necessito, escrevo tudo aquilo que não digo.
Necessito porque estou tonta, embriagada com minhas emoções, pensamentos e desejos.
Escrevo enquanto o dia amanhece e a noite escura vai caindo junto com as estrelas.
Lágrimas molham as  letras no papel. O poema também é noite dentro de mim.
Os pássaros constroem seus ninhos, a lagarta se fecha no casulo pra viver a metamorfose da vida.
E eu? Escrevo! Apenas continuo escrevendo...
Por quê? Há não precisa de explicação. Escrevo pra ficar grafado no espaço, no tempo, na pele, na palma da mão, na pétala da rosa, grafado na alma, na luz do momento.
Escrevo tudo que penso e o que faço sem pensar, escrevo a dúvida que separa, o silêncio que grita, o escândalo que cala, a voz que não sai.
Eis na escrita a voz, a fala, eis a primeira luz que se acendeu na casa. E por não caber mais na sala entrou pela fenda da porta do quarto, enquanto eu ainda escrevo.

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