sábado, 19 de setembro de 2015

O poder do tempo...

Remexendo em algumas coisa no meu quarto, encontrei uma fotografia. 
Inicialmente pensei não ser tão velha, porém quando parei pra recordar me dei conta que realmente o tempo passou e está passando, por incrível que pareça já se foram 10 anos desde o momento! 

Ainda refletindo sobre o tempo e sobre o que ele trás pra gente e também leva de nós, me perguntei se eu tinha mudado ou se ainda sou a mesma menina que sempre fui! É difícil encontrar uma resposta, acredito que no fundo nunca perdemos a essência do que somos, mas ao mesmo tempo é impossível ser sempre a mesma pessoa diante de tantas adversidades que passamos. Todo mundo sofre de uma batalha interna diariamente!
Diante dessa situação achei mais fácil fazer uma lista aprendizado, já que vivemos aprendendo constantemente.

O tempo me ensinou que Deus sempre soube do que eu precisei, se não recebi a maioria daquilo que queria foi porque não soube chegar até a Ele e pedir, mas isso está na lista de coisas que estou aprendendo com o tempo que passa.

Aprendi que nem todos que sorriam e batem em minhas costas dizendo serem meus amigos realmente foram ou são!

Estou aprendendo que a inveja é a alma do incapacitado, mas que o invejoso sempre admira aquele que tem algo que ele não tem, mantendo assim o admirado sempre no foco de seus pensamentos ausentes de brilho.

Aprendi que por pior que seja uma situação, ela pode ficar pior ainda se nos entregamos ao desespero e à falta de fé! Aprendi que nem sempre a paciência da espera por algo pode me contemplar com a felicidade da conquista, sendo que muitas vezes todo seria mais fácil se no lugar de espera fossemos procurar. É terrível falar de espera com alguém extremamente ansiosa, tipo eu, mas as vezes esperar também se faz necessário!
Estou aprendendo que muitas vezes em nossas vidas, temos perder alguma coisa para achar outra, que será ainda mais valiosa.

Entendi que nem sempre a palavra "desculpe-me" tem o poder de deixar as coisas como antes, talvez nunca mais volte há ser igual! O dom do perdão não está reservado a todas as pessoas nesse mundo. Que mesmo eu sendo sua amiga, sincera, companheira, mesmo assim não vou conseguir agradar as todos…

Aprendi com o tempo, que nada melhor que ele próprio para demostrar quem realmente te quer bem, ele deixa claro quem vai e quem fica. Agradeço a Deus por ter mais permanecias em minha vida, do que despedidas. Passe o tempo que passar e o que fizer, eu nunca vou pagar alguns favores recebidos de algumas pessoas, é impossível retribuir.

Hoje enxergo que no presente sempre estamos com esperança no futuro, mas que na verdade é em um determinado momento do passado que queríamos estar, um fato pra todos.

Aprendi que quando se ama uma pessoa de verdade, todos os seus defeitos se converte em qualidades ou tolerância… E se por ventura o sentimento um dia se esgota, as qualidades e a tolerância também se esgotarão, deixando em sua cabeça uma pregunta sem resposta: Como pude amar alguém assim? Eu me faço essa pergunta sempre!

Aprendo constantemente e por mais tempo que eu tenha para aprender, o mesmo nunca será o suficiente para que eu aprenda tudo que é necessário! E que nesse mundo por mais sábia que eu seja, sempre vai ter o melhor de alguém, nem que seja em apenas algo, existirá outro alguém que supere o que sei e cabe a mim, estar disposta a aprender ou não com essa pessoa.

Hoje entendo que não existe ninguém fiel por natureza, mas sim pelas consequências de suas atitudes. Vejo que por mais acompanhadas que estejam algumas pessoas, lá no fundo do seu eu elas se sentem sozinhas.

Cada manhã que se inicia é uma nova chance de aprender, mas não são todos que enxergam isso errando em algo que talvez possa ter a resposta bem a sua frente. Por mais que isso seja triste, é mais comum do que pensamos!

O tempo ensina, mas são poucas as pessoas que aprendem sua lição ou estão dispostas a aprender. Se eu aprendi todas? Claro que não! Mas cada volta é uma chance de recomeçar. De onde tirei tudo isso? Da minha cachola que não serve somente pra criar cabelos, não!

Acredito que no fundo não perdi minha essência, meu instinto de boêmia filósofa ou menina sonhadora está escondido em algum canto dentro de mim.
Juro que estou sóbria e todo esse "Mimimimi" escrevi dentro do meu quarto enquanto olhava a foto e não em uma mesa de bar!

E se alguém perguntar quem tá dizendo tudo isso, diga que me chamo Bruna. A mesma de sempre e que apesar de todas as mudanças, minha alma ainda possui a mesma leveza de quando era uma menina, sentada na escada!

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